Amanhã não existe ainda

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Precisamos da “lista negra” de palavras?

Precisamos da “lista negra” de palavras?

O veto a palavras e expressões, em geral com base em etimologias fantasiosas, virou o esporte de uma esquerda autofágica.

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Luis Felipe Miguel
mar 10, 2025
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Precisamos da “lista negra” de palavras?
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Uma das coisas que mais me irritam, no admirável mundo novo da cirandagem, é a polícia vocabular.

Volta e meia, alguém inventa de lançar uma lista de palavras vetadas, julgando estar dando uma contribuição à luta antirracista, anticapacitista ou o que for. Lembro da defensoria pública baiana, que interditou de “criado-mudo” a “escravo”.

O veto a “criado-mudo” tem base numa etimologia sem pé nem cabeça, inventada numa campanha publicitária, remetendo a uma história absurda.

Já a palavra “escravo” essencializaria a condição do cativo, sendo necessária substituí-la por “escravizado”. Mas aqui se revela uma compreensão bizarra do funcionamento da linguagem.

É uma espécie de cartesianismo linguístico, similar ao de quem quer abolir “risco de vida”, porque o risco é morrer, ou “gol de bola parada”, porque a bola precisa estar em movimento para entrar no gol. Como se falantes e ouvintes não fossem capazes de construir, pelo uso, o sentido das expressões.

O linguista Sérgio Rodrigues chama isso de…

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