Admiro o senhor e os seus textos. Compreendo que, o "abraçamento" realizado pelos elos políticos para o Poze e o Oruam são complexos, e dado a caráter desnecessários, em vista de a pauta principal frente a exposição dos casos é apolíticos, em sua grande parte. Porém, confesso também que a questão da crítica colocada é também um sufocamento enviesado do funk, como por exemplo a "lei Anti-Oruam", que não visa afetar somente ele ou o Poze, mas também qualquer música que pode ser considerada apologia ou não. E para as esferas do poder condicionar isso é muito volátil, tanto que pode afetar não só o funk da "apologia", mas também o funk que traz conscientização (que existe) e o RAP também, igual fizeram com Racionais MC´s, Planet Hemp, dentre outros grupos.
Texto corajoso que enriquece a compreensão crítica da polêmica em torno dos dois casos. Trazer argumentos consistentes além das sedutoras palavras de ordem e aprofundar o debate de temas tão importantes, é fundamental. Grata!!
Muito boa a reflexão proposta, mas você erra quando escreve que O que Leo Lins fez não é crime. É crime sim, ele infringiu as leis N° 7.716/1989, N° 13.146/2015 e N° 14.532/2023.
Como escreveu o Maurício Celeiro em postagem aqui mesmo no Substack, o Leo Lins "foi condenado pelos crimes previstos no artigo 20 da lei 7716/89 ("Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional") e na lei 13.146/2015 (discriminação contra pessoas com deficiência)."
O que é engraçado foi aquele ex-ministro, acusado de assédio sexual, escrever aqui mesmo no substack um texto sobre o MC Poze, o ex-ministro titula o seu texto de "Exterminem todos malditos" e subscreve "por que o Brasil pune homens e meninos negros"... Daí em diante ele tenta convencer sua audiência de que pessoas brancas tem inveja de garotos que fazem sucesso nas artes, a exemplo do rapaz que foi preso por associação criminosa e apologia. É aquela coisa, a gente sabe que os marxistas brasileiros/latinos americanos sempre flertaram com criminosos vendo neles a força combativa de enfrentar o suposto Estado Burguês... Mas é aquela coisa, bandido é bandido, trabalhador é trabalhador. A classe trabalhadora não pode e jamais deve ser confundida com as classes criminosas, são dois pontos de vista sobre a sociedade completamente diverso. Alguns historiadores associam a criação do CV aos marxistas, presos políticos que iam sendo presos na Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Ali misturados a elite do crime com a elite marxista, algo aconteceu e hoje a gente ver a plenitude dessa parceria. E aí cabe perguntar se essa leniência da esquerda Petista e demais partidos de esquerda com o crime organizado é um olhar humanizado ou uma tática de dominação? Não sei. Mas agradeço, professor, por você tocar no assunto. O debate no Brasil hoje está não apenas interditado, mas macabro. Hoje todos nós temos medo de tocar nesses temas porque o perigo é real!
Com todo respeito, o seu texto mostra como o senhor realmente não tem nenhuma conexão ou proximidade com essa linguagem e cultura que move a maior parte da periferia brasileira que é o funk, e o simbolismo de confrontar à violência policial, por todas as contradições que tenha… É um afastamento um pouco academicista branco isolado que te permite comparar “nunca ter ouvido falar de poze” com “nunca ter ouvido falar de léo lins”. Eles não tem absolutamente nada a ver; Poze é muito mais relevante popularmente, ele não é “o ultimo tiktoker do momento”, quer você goste ou critique ou não. E mesmo sendo verdade a sua crítica ao endeusamento da criminalidade.
Mas você se deixou levar pela sua ignorância: fez sentido equiparar pra você dois que não tem nada a ver, também tem uma relação muito diferente com o popular etc só porque VOCÊ viu os dois na mesma semana??? E você não conhecia os dois então achou bom comparar???
Ainda pra dizer que o negro provavelmente é criminoso, já o branco… provavelmente pegaram pesado né
Admiro o senhor e os seus textos. Compreendo que, o "abraçamento" realizado pelos elos políticos para o Poze e o Oruam são complexos, e dado a caráter desnecessários, em vista de a pauta principal frente a exposição dos casos é apolíticos, em sua grande parte. Porém, confesso também que a questão da crítica colocada é também um sufocamento enviesado do funk, como por exemplo a "lei Anti-Oruam", que não visa afetar somente ele ou o Poze, mas também qualquer música que pode ser considerada apologia ou não. E para as esferas do poder condicionar isso é muito volátil, tanto que pode afetar não só o funk da "apologia", mas também o funk que traz conscientização (que existe) e o RAP também, igual fizeram com Racionais MC´s, Planet Hemp, dentre outros grupos.
Texto corajoso que enriquece a compreensão crítica da polêmica em torno dos dois casos. Trazer argumentos consistentes além das sedutoras palavras de ordem e aprofundar o debate de temas tão importantes, é fundamental. Grata!!
Muito boa a reflexão proposta, mas você erra quando escreve que O que Leo Lins fez não é crime. É crime sim, ele infringiu as leis N° 7.716/1989, N° 13.146/2015 e N° 14.532/2023.
Como escreveu o Maurício Celeiro em postagem aqui mesmo no Substack, o Leo Lins "foi condenado pelos crimes previstos no artigo 20 da lei 7716/89 ("Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional") e na lei 13.146/2015 (discriminação contra pessoas com deficiência)."
Muito boas, como sempre suas ponderações.
🎯
O que é engraçado foi aquele ex-ministro, acusado de assédio sexual, escrever aqui mesmo no substack um texto sobre o MC Poze, o ex-ministro titula o seu texto de "Exterminem todos malditos" e subscreve "por que o Brasil pune homens e meninos negros"... Daí em diante ele tenta convencer sua audiência de que pessoas brancas tem inveja de garotos que fazem sucesso nas artes, a exemplo do rapaz que foi preso por associação criminosa e apologia. É aquela coisa, a gente sabe que os marxistas brasileiros/latinos americanos sempre flertaram com criminosos vendo neles a força combativa de enfrentar o suposto Estado Burguês... Mas é aquela coisa, bandido é bandido, trabalhador é trabalhador. A classe trabalhadora não pode e jamais deve ser confundida com as classes criminosas, são dois pontos de vista sobre a sociedade completamente diverso. Alguns historiadores associam a criação do CV aos marxistas, presos políticos que iam sendo presos na Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Ali misturados a elite do crime com a elite marxista, algo aconteceu e hoje a gente ver a plenitude dessa parceria. E aí cabe perguntar se essa leniência da esquerda Petista e demais partidos de esquerda com o crime organizado é um olhar humanizado ou uma tática de dominação? Não sei. Mas agradeço, professor, por você tocar no assunto. O debate no Brasil hoje está não apenas interditado, mas macabro. Hoje todos nós temos medo de tocar nesses temas porque o perigo é real!
Com todo respeito, o seu texto mostra como o senhor realmente não tem nenhuma conexão ou proximidade com essa linguagem e cultura que move a maior parte da periferia brasileira que é o funk, e o simbolismo de confrontar à violência policial, por todas as contradições que tenha… É um afastamento um pouco academicista branco isolado que te permite comparar “nunca ter ouvido falar de poze” com “nunca ter ouvido falar de léo lins”. Eles não tem absolutamente nada a ver; Poze é muito mais relevante popularmente, ele não é “o ultimo tiktoker do momento”, quer você goste ou critique ou não. E mesmo sendo verdade a sua crítica ao endeusamento da criminalidade.
Mas você se deixou levar pela sua ignorância: fez sentido equiparar pra você dois que não tem nada a ver, também tem uma relação muito diferente com o popular etc só porque VOCÊ viu os dois na mesma semana??? E você não conhecia os dois então achou bom comparar???
Ainda pra dizer que o negro provavelmente é criminoso, já o branco… provavelmente pegaram pesado né
Excelente
Texto extremamente necessário! Parabéns, professor.